quarta-feira, dezembro 14, 2011

Nietzsche

Devia estar nesse momento escrevendo meu relatório da disciplica Infancia e Cultura no qual tenho que relacionar os escritos de Nietzsche em Genealogia da Moral com os de Rancière em O Mestre Ignorante, mas como bem sabem, eu procrastino…meu TDAH aflora nos piores momentos ultimamente…e aqui estou.
É que eu tava pensando num moço, um amigo meu, tava pensando no sexo dele, e quando eu digo ‘no sexo’ não estou falando do órgão necessariamente(se bem que é bem interessante), mas do sexo em si. Penso nesse momento em como será o sexo dele. Como ele é, o que faz, quem é numa cama, numa cadeira, recostado a pia, dentro de um carro, num terreno abandonado, na grama e dentro da água.

Quem, como, o que ele é?
Pensar no sexo dele, me faz refletir no meu, só posso imaginar e descobrir o sexo de outro quando conheço o meu (mesmo que nunca o vá saber em totalidade), quando sei do que eu gosto, o que eu não faria de jeito algum, nem por todo o dinheiro do mundo(2 girl 1 cup absolutamente incluso) e o que eu faço só pra agradar, mas faço e o que eu odeio e gosto ao mesmo tempo.
E como a gente conhece o nosso sexo? Em eterna e constante exploração, eu diria, não vejo maneira mais eficaz e gostosa de se conhecer, e é desse modo que a gente descobre mais a gente. Minha amiga Gaabi diz que gosta de porrada, cuspe e ‘pau lá dentro’, outro amigo, Horacio Lindo e Fofo prefere dominação, mas nada tão violento, e não dispensaria um carinho se assim o fosse, tem uma ex minha que gostava de ‘esconder’ frutas (terminou comigo porque eu a chamava de Carmem Miranda), e por ai vai, é tanta gente, tanta historia, tanto gosto diferente…
Já tive posturas sexuais absurdas, que não condizem com o que eu sou hoje, mas então como fica? Eu sou aquilo, ou não sou, ou mudei e agora sou isso? Talvez eu não seja nem isso que agora escreve. Meus gostos já se modificaram tanto… a idade deve ter trazido isso, deve ser ela que faz com que eu do alto dos 20 anos já me sinta brochando lentamente, a cada aninho que passa.
Ainda penso no sexo dele, ele é gostoso, pelo menos eu acho, faz gostoso, saca, dá aquele ‘nervosinho’ só de lembrar, mas ate ai eu não disse nada, talvez o que eu acho bom nele, outras vão detestar, explicação obvia pra isso: vaginas são diferentes e pessoas mil vezes mais.
E se aquele toque, o som, a respiração pesada, o gemido e cada vai e vem só fizerem sentido pra mim, e se o sexo dele for uma porcaria? E se o meu for uma porcaria, que por sorte e coincidência do destino encontrou um de seus muitos pares pelo mundo?
Mas eu sei, dentro de mim, que não é assim, aprendi com os melhores e não tenho problema nenhum em assumir isso, falsa modéstia é besteira.
E ele é sim uma delicia, e sexo com ele seria algo que eu poderia querer fazer numa segunda-feira de manha sem pensar duas vezes. O sexo dele é bom, o meu é bom, e o nosso junto fica espetacular. queria poder tê-lo agora, ate o resto do dia, e saber que a cada vez que quisesse poderia chamá-lo outra vez. Mas enfim, a falta faz parte do desejo.
Vou ficar aqui sem sexo, bom ou ruim, que seja, terminando o relatório, pois hoje vou terminar o dia com Nietzsche.
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