quarta-feira, setembro 15, 2010

o Ar

Quando eu voava por ai...tinha brilho
tinha viço
tinha mil e tantas cores...
tinha tambem predadores!
Mas um menino me achou e resolveu cuidar de mim
agora estou protegida, guardada e escondida.
Nada mais dos mil e tantos perigos...

Saudades dos tempos de ar...

segunda-feira, setembro 13, 2010

Miedo - Lenine e Julieta Venegas


Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da


Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da


El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor



El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar



Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez





Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá




domingo, setembro 12, 2010

Perdendo a linha


Jogadona nos teus braços… que nem criança..

Rindo boba… relaxada

Ai que delicia esse ar de preguiça

Da gente deitado na rede… no sofá

No chão da sala mesmo…

Roçando no tapete.. feito gatos

Gatos em noite de lua.

Podia ter miado no telhado!

Mas preferi miar nos teus ouvidos

Hmmm… gosto bom… cheiro bom…

Frio bom… vem cá, cadê o lençol?

Deixa pra lá! Enrosca em mim.


Dá-me tuas pernas, enlaça assim.

Hmmm… gosto bom… cheiro bom…

Frio bom…

Corre amor


Vem rápido… pra mim assim…

Corre meu bem.

Que o tempo não perdoa… e sacaneia

Corre amor.

Vem me ver hoje de noite

Mas não chama no portão que minha tia vai brigar

Nem jogue pedras na janela!

Manda sms que eu desço, desço correndo

Pra matar de vez os andares que nos separam

Corre bem depressa… voa pra mim.

Corra pelo mundo.

Corre pra mim… porque vou te dar outro.. outro mundo

E que a distancias diminuam

E que o tempo dê-nos trégua.

Quem espera sempre alcança… e então você já vai chegar



Eu, ser cadeira

Acho que a grande tormenta de nós humanos é essa...
nos achamos tão superiores..tão evoluidos...
e ainda assim, frágeis e mortais.

Enquanto que elas...sem dádiva alguma, em contraponto...
tem toda a eternidade que a conservação lhes permitir.
Será que vale ser objeto? Ou ser mortal é que é o barato?



Será que tem volta?

por mais super cola...




me diz...se tem volta!

Saudosos tempos em que a palavra valia cheque

Os dias têm estado muito estranhos... na verdade os meses… é como se nada, absolutamente nada desse certo. Uma terrível maré de azar.

Mas antes tenho que dizer uma coisa, eu tenho um problema serio. Um problema com falta de responsabilidade.

E sabe o que acontece quando você tem um problema com algo… essa coisa tende a acontecer o tempo todo.

Falta de responsabilidade pra mim abrange uma serie de coisas: o cuidado com as coisas dos outros, atrasos [embora, eu deva admitir, me atraso muito], as desculpas, a palavra não cumprida, principalmente essa ultima.

Isso é antigo… e os psys e analistas da vida vão dizer que tem um fundo psicológico grave. É verdade, eu sofri grandes traumas, grandes perdas de confiança, muita porrada mesmo e isso me fez assim, desconfiada, insegura e doida doida com gente irresponsável.

Na minha família respeito não é uma das coisas mais vistas, pelo contrario, opiniões, sugestões, opções.. nada disso é aceito, é regra geral que só uma opinião padrão e imposta seja seguida. Não há perguntas… não há respostas… só há o “porque sim”.

E isso com a bandeira de que atitudes como essas visam meu total bem estar! Ai ai

Mas o que essa historia do regime ditatorial da minha família tem a ver com responsabilidade e o meu problema? Pra mim tem tudo.

Quando alguém é irresponsável… cometem faltas do tipo destruir meus tão queridos livros [não empresto nunca mais a ninguém], ou desmarca coisas assim em cima da hora [sem motivo é claro, se tiver morrendo… tudo bem], ou mesmo o que eu considero o pior… não dá a menor satisfação… tudo volta.

Todas as lembranças ruins da minha infância e adolescência, a primeira grande ditadora: minha mãe, o meu pai e suas promessas… e suas desculpas sem sentido depois [isso quando ele se lembrava de dar alguma], os tantos exemplares perdidos, as quebras de confiança, a intolerância das minhas tias, tudo acumulado na minha mente doentia [que por sorte não se tornou criminosa], e ai, o simples desconforto com uma situação recente vira uma coisa grandiosa e catastrófica.

A culpa de muitos recai sobre o ultimo e sobre o seguinte… sim porque comigo é realmente normal isso acontecer.

Sinto a mesma sensação de incapacidade, de não poder fazer nada, por mais que eu reclame, ou fale… ou apenas peça pra que não se repita, continua acontecendo… de novo e de novo.

E é ai que as duas historias se encontram… a irresponsabilidade e o desrespeito.

Pra mim é praticamente a mesma coisa, é uma forma de desrespeito para com o outro, o ser otario que fica esperando o dia todo, ou que liga e não é atendido, ou que é decepcionado com a sua desistência, estou aqui defendendo os largados e abandonados, delegando em causa própria, todo mundo já passou por isso.. e todos sabem o quanto é ruim, mas não deixam de fazê-lo aos outros. Porque hein?

Não ser levado a serio o suficiente para receber um mínimo pedido de desculpas, daquelas sinceras mesmo.. e não as automáticas que se diz pelas ruas ao esbarrar em estranhos.

Hoje eu tenho saudades dos tempos que eu nem cheguei a viver, que o meu avô me contava, onde a palavra valia, era fixa, e podia ser levada a serio. As pessoas confiavam, porque sabiam que tamanho desrespeito seria uma vergonha ao outro.

A palavra de um homem… ai ai… ele sempre contava, se alguém te pedia dinheiro, só dava o nome e a palavra… e devolvia. Já hoje… humpf…

Meu discurso pode parecer meio drástico, mas tem toda a carga de drama que merece e deve ter. É claro que há exceções, casos em que essa palavra não pode ser cumprida [sono não é uma delas], já excetuei todos esses casos…

Enfim o que fica ai, é só um pedido, tenham mais compromisso, mais respeito, mais certeza, e se não pude ter nada disso, tenha pelo menos a empatia… coloque-se no lugar e peça desculpas verdadeiras… porque de ladainha no ouvido… eu já to cheia.

Pra mim já deu… enquanto a maré não passa, não faço planos e continuo não confiando em ninguém [isso mesmo se a maré passar]

Licença Creative Commons
Dolce D'água de Jeh BlueJeans é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
Baseada no trabalho de blogger.com.