quinta-feira, janeiro 19, 2012

As crônicas de Jess - o anel, a beterraba, o aniversario e o bebê

Bem, por esse titulo, todos vão pensar que é uma bagunça, tudo muito nada a ver. Mas tem. Tudo se encaixa e se encontra.

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Pra começar, explicarei o titulo, é bem simples, passou no domingo agora As crônicas de Nárnia na tv, nossa, me deu uma puta vontade de ler os livros e constatar que são muito melhores que os filmes. Enfim. Ta explicado.

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O anel

Na noite de segunda pra terça eu fui dormir, sempre durmo com anéis e colares, ai quando me apertam, ou me irritam durante o sono eu tiro e coloco debaixo do travesseiro. Nessa noite fez um calor absurdo, a pressão no meu dedo aumentou e lembro-me de ter saído rapidamente de algum sonho para tirar o anel e depositá-lo no lugar de sempre.
Acordei na manha seguinte, nem me lembrei do anel, e fui fazer o sagrado xixi matinal. Ainda estava sonolenta, quando ouvi um barulho e metal dentro da água contra porcelana.
Bem era o meu anel. Não sei como levantei e caminhei ate o banheiro com ele ali. E afinal, onde era 'ali'?Onde esse anel estava? Foram perguntas deixadas pra depois, pra momentos de reflexão eternos, porque naquela hora eu tinha que tirar o anel do vaso, e foi nisso que me concentrei. Era prata, pesadinho, dei descarga e ele ficou la no fundinho...esperando. Tirei de lá. Lavei. Pus no dedo. Resolvi nesse dia que nunca mais dormirei com anéis. São tarados em potencial.

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A beterraba

Esse será breve, bem no limiar que o impedirá de ser nojento. Assim espero.
Bom, comi beterrabas na noite de segunda feira, estavam sem sal, mas eu tinha pressa e preguiça, então comi assim mesmo. Enquanto comia, peguei algumas com a mão, são vegetais interessantes, com pigmentos bem fortes. Alguns dedos ficaram rosa, outros mais vermelhos como sangue.
Acabei de jantar, escovei os dentes... bla bla bla..o padrão.
No dia seguinte (algumas horas depois do episodio do anel) fiquei meio que maravilhada. Como uma criança admirada, com orgulho de seu feito. Bem, eu não era tão boba, sabia que eram pigmentos realmente fortes, mesmo assim, pensei em hemorragias internas, menstruação (que não deixa de ser hemorragia) e uma série de coisas. Mas era só o de sempre. O de sempre com uma cor nunca vista: MAGENTA.
Sim, meus caros, era magenta. Acreditem se quiserem, pois não há fotos desse espetáculo meu e da natureza, que teve tão curto espaço de 'vida' e logo foi figurar junto a tanta coisa de cores horríveis. Penso nele de modo engraçado, em meio a toda aquela massa cinza, marrom e suja, lá estará ele: lindo e magenta.
Obs.: Comentei com Tumara e Gaabriela que tentarei qualquer dia, um tom mais pro roxo, seria magnífico!

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O aniversario

Não comemoro aniversários, não é um costume em família, e não é nada ligado a religiões, só a constatações e praticidades... bla bla bla

E dai? Dai que três pessoinhas que eu amo muito, muito mesmo armaram uma 'festa surpresa'. Quando abri a porta lá estavam os três, com seus sorrisos lindos, cantando as musicas que eu detesto, mas que nas vozes deles, soava como Bolero de Ravel pra mim. Achei lindo. Lindo também foi o Pérgola, que ainda não terminei de tomar.
Tinha também um bolo. Um bolinho pequeno, verde e branco, com flores estranhas e em cima estava a singela mensagem: BEIJOS. Sim, 'beijos', porque não tinha nenhum bolo escrito 'parabéns' na loja, então foi o 'beijos' mesmo. E sabe, eu gostei, nada melhor a se desejar do que beijos, por isso esse ano quero beijos, todos que puder conseguir, de crianças,de velhinhos, dos moços e moças dessa vida e é claro, muitos e muitos beijos deles.
Assoprei as velinhas que se apagavam e acendiam novamente, o que possibilitou que se fizesse um pedido para cada um presente, inclusive o Marcelo, meu pai de estimação.
Na hora de cortar o bolo, bem... cortei, mas ninguém comeu, porque estava estragado e ele foi parar na minha cara e na de todas as outras três pessoas presentes.


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O bebê

Bem, tive na terça um dos meus grandes e melhores presentes de aniversario dessa vida toda. Vou ser pai. Foi o que entre muitos sorrisos me anunciou Gaabriela. Ainda estou chocada, ainda estou deliciada e maravilhada com a beleza dessa vida. Nesse momento choro as lagrimas que devia ter chorado quando recebi a noticia.
Obrigada, minha flor. Saúde, muita saúde e energias boas de Jah pro nosso meninão (e que engraçado será se ele for como eu, que enganei geral por 9 meses e nasci uma moça kkk).
Horacio, Tumara e eu seremos pais, não de sangue, mas pais de alma, de muito sentimento por esse pequeno que ainda nem se nota na barriga, mas que se nota e muito no coração. Avise-o, relembre-o sempre que eu não estiver presente que ele é amado, muito amado por uma moça estranha e rude de cabelo roxinho.
Ah, saiba também que você, Tumara e Horacio são especialíssimos pra mim, não como ouro ou diamantes, mas como pedras. Aquelas pedrinhas bonitas e brilhosas dos tempos de criança que a gente acha na rua ou na praia e guarda com muito carinho, com cuidado, porque é valioso, é um artigo especial. Vocês são pedrinhas. Obrigada por permitir que eu as (sim, vai ser 'as' e não 'os') encontrasse no meio de toda a areia.



Todos esses textos são dedicados pra nossa amizade. Pra sempre. Amo vocês.






Notas:

-Omiti da primeira crônica uma masturbação rapidinha antes de ir dormir. Porque achei desnecessário, já que ainda tinha o anel depois disso.

-Continuo dormindo com anéis apesar de tudo, creio que experiências como essa, não ocorrem duas vezes.

-A crônica da beterraba é real, mas nem por isso, vou fazer alquimias pra conseguir cores diferentes, um dia, quando comer beterraba novamente, talvez eu pense nisso. Ah... o xixi também fica vermelho.

-O bolo estragou mesmo, não sabemos o real motivo e Horacio não quis ir trocar. Ainda sobrou muito Pérgola e faremos uma graça no dia de hoje, assim espero.

-Em cada sopro na vela, fiz um pedido, pra cada um deles ali, pedi o que realmente importa, o que vale, o que fica, pra cada um e espero que todos os pedidos se realizem.

-Serei pai. Serei pai. Serei pai. Serei pai. Serei pai. Seremos pais. Estamos felizes.
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