domingo, julho 10, 2011

Perdão

Sabe, acho que entendi. OU talvez não, porque quando a gente diz que entendeu... nunca entendeu..né. rs
Eu queria certezas... queria certezas de você.
Agora, depois de tudo ter acabado, de não haver mais chances, nenhuma possibilidade, eu vejo que você me dava essa certeza a cada tentativa, e eu bobona achando que estava lutando sozinha...
Só posso te pedir desculpas, por ter sido tão canalha, por ter dito a todo tempo que não queria te magoar e fazendo isso mesmo sem notar. Acho que só a sua paciência, sua tolerância, já seria um indicativo de tudo que eu sempre quis de você.
Perdão mesmo, de verdade, por ter destruído algo tão bonito, tão importante. Acabei fazendo aquela cratera linda, saímos perdedores e acredite, vencemos os dois. Você com sua coragem, sua persistência e eu com o aprendizado, de jamais tentar reparar o que não necessita conserto.
Obrigada moço, pelos anos felizes, pelos silêncios, pelas lagrimas.

Te amo sempre e pra sempre. E mais uma vez, perdão.

Perdi

Agora ele se foi,
se foi de vez.
Agora arde e sangra ainda a ferida aberta.
Mas isso ele não fez.

Quando existe o véu da morte
ele leva e consola… e conforta
Mas como se dá quando não é por ela?
Fiquei pela minha sorte

As noites estão longas, os dias vazios
Não tem gosto a comida
tudo insosso
Água não mata a sede
Não me da fome
e a dor toma conta de cada parte
Bebida não dá descanso
Cigarro não da alivio
E outros corpos não dão mistério
que me possam interessar
Não quero mais! Que pare logo
Que vá embora, que essa dor maldita cesse logo!

Minhas lagrimas queimam ao sair de mim
Sinto intensa a pressão nos meus olhos
e como arde e como é amargo
E de mim tirou todo o gosto da vida

Paz agora, só dentro dos sonhos
lá a dor passa e recobro
imagens…
de outras tardes, quentes e felizes
na praia, no parque, no suor de dois corpos
no olhar sincero, no silencio eterno

Imploro alguém que intervenha
que me retire desse buraco
Perdi a pá, perdi a mão
perdi, me perdi

E o único momento em que não dói, é quando durmo.
Venha a morte ou venha o sono. Mas que algo venha.


Ps.: esse texto é do dia 9...no dia 10, algo veio e não foi nenhuma das duas anteriores... infelizmente.
Licença Creative Commons
Dolce D'água de Jeh BlueJeans é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
Baseada no trabalho de blogger.com.