sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Solidão

Tenho em mim toda uma independência. Certo desapego do próximo.
Sei bem, nenhum ser é uma ilha. Precisamos e nascemos para viver em comunidade.
Mas já não funciono assim, digamos que só mantenho o mínimo para uma boa convivência em sociedade. Gosto das pessoas e tal, mas elas me cansam e ultimamente tem acontecido rapidamente. Seus modos e pensamentos, suas teorias, suas idéias e sofrimentos. Tudo enjoa.
É bem verdade, devo irritar e cansar uns e outros. Não sou das mais fáceis de lidar…
Enfim, isso é só desabafo, só mais um texto, mais um descontentamento.
Passei no vestibular, estaria feliz no total, mas nem estou.
Tenho alguns amores, muitas musicas… e sou do bem.
Minha religião fui eu quem fez e só eu sigo. E já me basta.
Eu me basto. No fundo queria todo mundo aqui comigo, amores, musicas e tudo o mais.
Mas isso é bem lá no fundo… Na superfície, quero minha bolha livre.
Livre de toda a gente, da pressão, da sociedade sufocante.
Da hipocrisia e da intolerância, fome e miséria, guerras e tragédias.
Mas esse isolamento não existe, estou ligada, interligada, ao mundo.
Tenho que presenciar seus sofrimentos e alegrias e interagir à força.
Sentir pena é tão ruim… fraternidade seria melhor…
Minha empatia já foi toda gasta, estou vazia. Egoísta.
Não sou uma ilha, nem quero.
Quero ser em toda a possibilidade do meu ser. Ser qualquer coisa, coisa alguma, ser junta e sozinha se assim desejar.
Ser eu. Eu em mim. Comigo mesma.
Saiam daqui!

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