sexta-feira, setembro 11, 2009

Decepção

Caramba que decepção. Essa semaninha tá que tá.Vestibular aí,já na boca, e eu ainda nem vi um livro.Curso nem se fala, sou o que se pode chamar de aluna ouvinte(talvez nem isso).
Tenho uma terrível mania de fazer mil coisas ao mesmo tempo. E uma mania ainda pior de não terminar muitas dessas coisas.Ontem mesmo comecei a estudar e quando dei por mim estava com as unhas dos pés rosas e terminando uma mão.Déficit de atenção.
Mas isso não vem muito ao caso. Na verdade esse nem era o tema.Sei lá porque toquei no assunto.
Enfim, entre tantos outros diminutos problemas, o que me corrói hoje é O moço. Vou chamá-lo assim de agora em diante, por questões legais e morais.Andava eu com uns dois pneus arriados por esse moço, coisa miúda.
E tudo dava a indicar certa recíproca. A merda é que quando estamos assim, tendemos a exagerar todas as ações.Um simples “oi” pode virar uma declaração de amor implícita.E aí a pessoa te olha e claro, ela esta planejando todo um futuro com você, um futuro lindo, com algodão doce e parquinho.Ah e balanço e fotos, muitas fotos e balões.
Mas aí tudo degringola, é um dia triste de chuva e sem algodão. Não há fotos.Nem balões.
O moço, meu moço, simpático e caladão tem uma namoradinha.
Nem conheço a infeliz e já nutro por ela um ódio absurdo e sem tamanho. E ele que não era grandes coisas pra mim, virou de repente o maior amor da minha vida.ah!
Agora eu to aqui triste e sem ele. E com plena consciência de que isso é birra, querer o que não se pode ter é quase como descascar ferida(que comparação infeliz).
Mas a vida continua, e eu ainda tenho três pneus (2 + estepe) para arriar por aí. Pensando bem talvez eu só tenha o estepe…

terça-feira, setembro 08, 2009

O que você é

“Você é roqueira?” Por anos essa pergunta foi repetida e negada por mim. Nossa, como eudetestava quando alguém me perguntava isso.Costumava responder:”Não, eu sou eu!”Tudo bem que eu curtia um rock e me vestia à caráter, mas isso não era tudo na minha vida.Quando me perguntavam isso eu me sentia restringida, como se só fosse isso e ponto.“Ah! ela é roqueira!” Tá, e o que mais?Quais são seus sonhos, seus planos, o que ela conta de bom?O fato de ouvircerta musica era só um pedaço de mim, não um todo.(ah se alguns amigos antigos lessemisso…)Até porque eu não ouvia só rock, tinha muito mais(não tanto, mas tinha)Na adolescência a gente costuma formar grupos, que em geral tem coisas em comum.Eu tinha um grupo fixo (que mantenho até hoje) e fazia parte de vários outros (que também mantenho). Mas por um bom tempo esse rótulo me perseguiu em todos eles.Às vezes esse rótulo que eu abominava me ajudava muito, por exemplo, quando eu queria mediferenciar, me destacar.Minha turminha sempre foi bem variada, andava com os mais severospunks, as patys, os micareteiros e o povão do funk.E aí até valia ser a roqueira, era comoandar na chuva e não se molhar, eu estava com eles, me divertindo, rindo, mas não era umdeles e era bom.E quando rolava um pagodinho no celular de alguém, eu estava ali mas estavaalheia, nem aí.Me ajudou também a fazer amigos, conheci muita gente, mais do que posso me lembrar. Muitas pessoas de estilos, de gostos diferentes e sem preconceito. Ouvi muito pagode doido,muito axé e funk nem se fala.Continuo não curtindo, mas aprendi a respeitar assim como elesfizeram desde o começo comigo.Não me afastei do rock, mas suavizei a participação dele na minha vida. Ouvi muitas coisas,experimentei muitas outras, mas não virei uma dessas ecléticas da vida.Sei do que não gosto eo que eu gosto está em completa expansão. Já não ligo pros rótulos, ligo sim, pros amigos queeu fiz nessa curta jornada e dos momentos juntos. Hoje eu continuo provando de tudo um pouco, gosto de muita coisa e quando inventarem um nome bacana pra isso eu digo.bjomeligaounao

segunda-feira, setembro 07, 2009

Matemática Torta

Dois em um, um em dois.
Tudo se completava tudo se encaixava.
Tudo se fundia.
E quando se notava já era multidão.
Era muita coisa.
era o estar junto, a solidão.
Todo o mundo tudo ali.
em nós.
Dividir, partilhar, doar-se
dar-se
e por fim somar.
nunca subtrair.
Mas nunca é muito forte.
perderam-se todas as regras lógicas.
A unidade se desfaz e o que eram dois passa a ser zero.
e eu que tantos fui, hoje nem eu.

adaptação de Um Mais Um do Skank

sábado, setembro 05, 2009

segue uma lista de poemas antigos meus. E eu que achava que era foda... tudo muito trash mas resolvi postar assim mesmo.




Se tudo acabar
Se o vento soprar
Se a água secar
Se a vida esgotar
Se tudo acabar…
acabou!

by Pluft.


Musicas já não me comovem
Todas parecem feitas pra não durar
Começar e acabar
Todas saídas do mesmo pote
de tristeza infinita, lamentos e dor
Musicas já não me comovem
Todas parecem feitas pra não durar

by Pluft.


Dia de Outono, bicicletas
Folhas caindo, pessoas
Estrada, brisa leve.
Presente, passado
Futuro, agora
Tudo é como isso, sempre
Por mais diferente, sempre…

by Pluft.


Jorge*

As pessoas enganam
A vida desengana
a boca fala
a boca mente
Os olhos revelam.

*no dia 5/abril de 2006 eu descobri que um amigo meu fazia poemas. Era o Jorge.


Quando as coisas emperrarem
quando o sono não vier
Se o seu amor se atrasar
Respire mais que nunca
Pois cansa à beça esperar!

by Mhel



Nada prometo
Não faço juras de amor
nem pactos de sangue
muito menos juramentos de morte…
Mas por mim, por você e por nós
Por Derfel Cadarn.
Vou tentar ser feliz.

by Mhel



Somos a geração Coca-Cola
tudo já está feito
todas as lutas trabalhistas
todos os protestos e greves
tudo por nossos pais e avós
que sonharam com o “mundo melhor”
a utopia de todos os seres.
Agora a gente olha
e acha que não tá bom
mas que um dia já foi pior:
só tinha sucos e chá mate.
Aí a gente senta com as caras pintadas
de contentamento (ou maquiagem)
e discute se o copo tá meio vazio ou meio cheio
Porque o jovem sempre é a esperança.

by Mhel


Como Drumond, sinto em mim
todos os problemas do mundo
-coisa de jovem-
mas em mim é bem pior…

by Jeh#


Abra os olhos meu amor
sua Cinderela sou eu
e não quem você procura
quando anda por aí.
Pelas ruas e estradas
que você segue reto
eu estou na calçada.
Abra os olhos meu amor.
10/10/07



Cansaço

Cansei do muito mórbido
do sujo
do sórdido
do telefone e cartas
cansei do eurolixo
do cômico regrado
do muito casual
do infinitamente cool
quando tudo isso passar
encontra-me em Paris.




Mesmo que seja estranho seja você
porque é assim que eu gosto
mesmo que seja um Silas*
um mosquito
seja minha libido
e se eu não gostar…
eu juro, não tenho uma arma.
Venha como você é
como eu quero que você seja
com cheiro de teen spirit
Ah!Traga biscoitos à Polly.
*Silas, personagem albino do filme “O CODIGO DA VINCI
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