Segunda... é...comecinho de semana...eu não tinha nada pra fazer.
Sai da facul cedo... E fui levar meu irmão no ponto, mas antes nós fomos comprar ninharia. Depois das porcarias compradas fomos pro ponto..enfim...isso não é importante. Avistei um conhecido, fiquei em duvida se ia ou não falar.. Mas como eu andava fugindo faz um tempinho desse moço.. resolvi ir lá e larguei meu irmão esperando o ônibus...o ônibus veio...e ele foi embora...e dei um tchau de longe...Já sentindo a merda que acabara de fazer.
Era um dia apático...eu estava sem forças, sem animo e sem tesão.
Não devia ter ido falar com aquele caso indefinido na minha vida. Não era um peguete fixo, não era nada regular... Só uma boquinha boa de beijar.
Já pensei em escrever uns textos pra esse moço aqui.. na época era tudo novo...tudo muito bacana...e eu estava feliz.
O cara é legal...deu umas fora...mas tudo já superado.
Ta...não vou me demorar...conversamos no ponto mesmo...e dali, como eu não tinha NADA PRA FAZER, resolvi acompanhá-lo até qualquer lugar...peguei o ônibus também.Ele estava indo pra casa...e eu disse q ia descer depois dele, ir à casa de uma amiga.
Obviamente, nem ele foi pra casa e nem eu pra minha amiga.
Ficamos na praça...entre os antigos destinos de um e do outro...
Eu dando beijos automáticos e ele falando de sua vida...
(sempre faço isso...pergunto sobre a vida..e não escuto uma palavra), voltamos ao assunto de sempre: quando eu iria no motel com ele.
Pois é...tava só nos beijos mesmo...era pouco tempo....mas o suficiente pra ele.
E pra mim também... não vou mentir. Mas isso era bem no começo... agora...
olha eu não sei. Talvez nunca mais aconteça... um beijo não muda da noite pro dia, mas nessa segunda..estava tudo banal. Já não me causava o derretimento dos outros dias... Aquela vontade de se deixar... de se envolver...nesse dia..nem isso nem nada.
Falava. Beijava. Silencio. Falava. Silencio. Beijava.
- ih... Oh só a hora! Tá de noite já! Vou pra casa!
Fomos... voltamos pelo mesmo caminho...me levou até o ponto. Fez uma mágica legal. Tentou me ensinar... Depois de muito tentar, eu consegui. Aproveitou-se da minha felicidade e foi me levando... Levando pro escuro... bem mais escuro que a noite clara que fazia...
lá...as coisas eram outras...os toques...as sensações...postas pra fora, tudo bem exposto( estou sendo realmente sutil)
Onde os velhinhos se exercitavam em suas corridas e caminhadas matinais, de noite…outro casal..já estavam num nível mais explicito...naquele lugar..aquela hora...você só ia pra comer..ou pra dar.
A musica, escolhida pra seduzir... não seduziu. Só me deixou mais desperta.
sacana... você usa essa musiquinha idiota pra currar suas cocotas!? Não hoje, não comigo.
PRA NÃO PERDER A VIAGEM... e não frustrar o moço...eu tentei...fiz umas graças...tentei gostar...mas se você tenta...não consegue. Bola-gato?! Humpf.... tinha gosto de nada...gosto de couro de banco ônibus. Gosto de quem não ta curtindo o que faz.
Agora eu sabia... sempre ouvi mulheres falando do nojo que tinham..e eu não compreendia. Adorava aquilo! Era bom... de ver..de sentir...agora eu sabia. As vacas faziam sem vontade... e ai dava nisso...o gosto se transformava...hurg!
Eu lá... toda artificial..fazendo as caras..que eu vejo nos filmes pornôs...e que expressavam o obvio descontentamento...e ele adorando! Ai ai.. Os homens...
Até que eu cansei... já tinha conseguido meu lugar no céu com tamanha bondade e força de vontade e uma estadia permanente no inferno...pelo ato, pelo fato e pela ocasião!
- pow.. Tá tarde... Tá passando uns carros vão acabar vendo a gente... vambora?
E assim... Depois de deixar bem claro que não ia mais fazer nada, nós fomos embora, me levou até o ponto, mais conversa. Mais risos. Mais beijos... silencio. Piadinhas. Silencio... uns beijos que quase lembravam os antigos...de alguns meses atrás...mais silencio...e o ônibus finalmente parou. Dois beijos na bochecha. Um selinho. Boa noite.
Segui no ônibus olhando a janela.. O motorista corria... como que me ajudando a fugir..dos olhos do moço, daquilo tudo.
Hoje ele não estava inspirado. Mentira.. ele estava. Seria hipocrisia da minha parte.
Era eu. Eu não querendo fazer nada, só deitar... Na areia da praia.
Querendo dormir de conchinha.
Querendo ser tratada como querida dama,
como sweet girl pelo menos uma vez...
querendo esquecer o titulo de que tanto me orgulhei: "rainha do bola-gato" (eu sei... eu sei... huahauhua)
querendo não ser um meio... um objeto..um prazer gostoso e rapidinho, embora eu adorasse isso!
Naquele dia.. eu não queria fazer nada. Mas fiz! Sabe... aprendi a fingir coisas bobas, entendi a frustração das idiotas, respeitei o outro, não fui estúpida, não fui cruel...só comigo mesma é claro. Podia ter parado... Eu sei... mas não vou entrar nos termos.
Fica pra próxima...ele não sabe, mas motel não vai rolar, prezo muito a minha saúde e elasticidade, e sabe, não se brinca assim com um negão, amigos talvez? Conhecidos que se esbarram e dão umas pegas? Ai eu já não sei... nem me interessa agora. Mas desconfio do real motivo dessa situação, mas ainda não amadureci isso na minha mente. Um dia. Um dia a ficha cai.. e eu revelo que não sou mais a mesma. Ou melhor.. que as escolhas mudaram..
Gosto muito de uma frase que diz o seguinte: “Sem paixão, não dá pra chupar nem picolé"
Por isso.. eu deixo aqui..para as poucas pessoas que lerão, em questões de prazer, não faça nada que não te divirta. É a única coisa que interessa.
.bjosmeliguemqueeupreciso.
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