domingo, dezembro 20, 2009

Aos moços (Pra não falar que não falei dos androceus¹)

Só um brinde!

Aos rapazes da infância, da minha inocência - dos beijos estranhos e sem malicia.

Aos carinhas do colégio, idiotas e infantis em sua maioria.

À pequena minoria nada infantil e bem espertinha.

Ao primeiro namoradinho e às mãos dadas ao qual devo a boneca largada.

Ao beijão no ginásio. Aos muros e pracinhas.

À fuga sempre que minha mãe surgia do nada.

Às ‘verdade ou conseqüência’ ao longo desses anos.

Aos feinhos, muito feinhos mesmo, mas cheios de ternura. [quem não teve?]

Aos príncipes tão lindos como nos contos - superficiais e burros no real.

Aos amigões do peito, que só ficaram nisso mesmo.

Aos que viraram amizades coloridas.

Aos que eu mesmo gostando, pus meninas “na fita”.

Aos que tinham tudo pra ser… mas sei lá porque, nunca foram.

Aos Bv’s que aprenderam rápido. Aos experientes que nunca entenderão.

Aos que nunca perceberam, aos que perceberam e os que eu nunca quis ver.

As colas, os testes de revista, os joguinhos de amor.

As sonecas inocentes juntinhos.

Aos pegas no escuro, e que sempre serão claríssimos na minha mente.

As indiretas, incertezas, as muito diretas, as cócegas no meio da mão, ao olho aberto, ao ciúme, as outras gatinhas, a mão dada, ao cinema… ai ai, o recreio, o dia do passeio… a piscina.

Ao fundo do ônibus.

Aos shows. À noite, a rua vazia. O ponto de ônibus. A porta de casa.

Aos mais ou menos, grandes caras!

Aos nerds interessantes, os burrinhos engraçados, aos lerdos. Aos pagodeiros gostosinhos!

Ao “Te encontro na saída”.

Aos galinhas e ao meu medo de pegar herpes [ainda tenho esse medo viu]

Aos hippies, e grunges, emos [fases gente, fases…] e o pessoal do funk.

Aos rapazes da roça, meus meninos da terra [minhocas]

Aos muitos e muitos e muitos beijos roubados.

As brigas, decepções e dramas. As bicicletas no portão.

Ao chiclete sempre no bolso. Aos doces… ao gosto amargo do TNT² que era sadicamente dividido. O beijinho na igreja. Ao tombo na frente dele [mico nosso de cada dia]

Ao “Pera, que eu te levo” ou “Vou contigo” ou “Também já to indo…”

Aos amassos… ui ui.

Aos porres, as noites, aos dias, as manhãs. A escova dividida.

Aos carentes, aos bebês, aos jovens senhores, ao pé na cova.

As cantadas ridículas, as boas, as infalíveis.

Aos gays enrustidos, aos bis declarados.

As camas. Aos pés quentes, aos frios com meias, ao devorar da boca.

As manchas ruins de sair. Aff.

Aos prazeres… e risos. Aos gemidos. Aos que chegaram lá. E aos que eu nunca quis levar. [Mu ah ah ah]

Aos que sempre me lembro. Inesquecíveis.

Aos que nem sei mais o nome, nem rosto, aos invisíveis.

Aos bons e velhos. Aos novos. Aos da net. Aos mocinhos das festinhas. aos que ainda conhecerei.

Aos que ainda vou pegar. Aos que se enganam. Aos que tem certeza e que ainda assim se enganam. Aos sinceros, falsos, mentirosos.

Aos que ligaram, aos cretinos.

Aos bonzinhos, aos cornos. Aos que me traíram aos que são pra casar. Aos pestes e demônios.

Aos tentações, e pedaços de mau caminho. Aos pedacinhos do céu.

Aos pães de mel, chuchus, safados, doidos, cafonas, benzinhos, aos tudão… humpf

Enfim… para todos os moços, todos sem distinção, todos com os quais já ri. E pelos quais também chorei [eu e tantas outras…] ou fiz chorar.

Para o moço em mim também. Apenas um brinde.



¹ > parte masculina da flor, sendo a feminina o gineceu. Aprende-se isso na quinta serie! Flores transam meus caros!

²>TNT alguém lembra? Era um chiclete [ou era bala?] amargo pácacete, muito ruim.. mas muito bom. E deixava a língua verde ou sei lá de que cor.

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