quinta-feira, junho 24, 2010

D_ores mode on

Acho que todo mundo já sentiu e quem não um dia vai.
Uma dor, aquela dor que dói lá dentro.... Fundo sabe...
Quando se briga com um amigo, quando seu cachorro morre atropelado, quando você toma bronca merecida, uma dor tão aguda, que sei lá, deve ter efeitos químicos sérios no organismo.
Ela causa um mal- estar, tontura, enjôo, falta de ar, causa um nó na garganta e que persiste e não sai por nada! Parece que tomou um chute na boca do estomago, talvez eu tenha realmente tomado...
Senti também aquele choro vindo, aquele que não te dá direito a nada, ele vem e destrói a tua dignidade, onde quer que esteja. Esse chorinho incontrolável, que eu só sinto quando puxo cabelo da sobrancelha ou algo assim... Choro dói.
Depois de todos esses efeitos reversos e imediatos, vem uma dor mais lá dentro ainda, e embora o coração seja um músculo indolor, é lá mesmo que ela é sentida... parece que se vai cair no nada, no zero, num vazio onde a dor é ainda pior.
Aí você toma, ou pensa que toma o controle da situação, seus olhos ainda coçam, você sente frio, mas nem é exterior, nem se estivesse numa fogueira, ainda estaria tudo gelado na sua vida, tudo morto.
Vai pro seu canto, volta pra casa, vai num bar, ou pro banheiro...ou talvez faça tudo isso...e aí tudo volta em ondas e vem dando na sua cara todo dia.
Mas você já tá cansado e depois de muitas lágrimas dorme [ dormir chorando é tão construtivo], noite sem sonhos, madrugada difícil, acorda cheio de mais dores, por todo o corpo, por toda a mente, por toda a alma [começo a pensar se não fui realmente vitima de espancamento].
Toma um banho estranho...parado...tudo em câmera lenta, tudo meio cinza, assim mesmo com muito drama, pra que sua deprê tenha ênfase necessária. A água tá te lanhando a pele, mas você nem liga, ta ali gastando toda a água do planeta á toa, porque banho mesmo você não tomou. E ai, do nada a lembrança e com ela um choro demorado, doído, agudo... Mas clássico e obrigatório, porque debaixo d'água tudo se perde se mistura, e o sal doce dos teus olhos vai pro ralo também.

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