quinta-feira, junho 03, 2010

Meu amiguinho cabeçudo I

Como pode né? Aquela pessoa, que estava ali, bem ali na nossa frente…

Pela manhã, no ultimo beijo, antes de sair pra comprar o jornal, acordando, na ultima festas juntos, a ultima piada, e no riso sincero… como pode?


Aquela criança feliz, as bagunças, os tombos, todas as reuniões de pais, todas as advertências na agenda, as tantas velinhas assopradas durante tantos aniversários…


Ai a criança cresce, vêm as recuperações, as colas na escola, a primeira briga, o primeiro beijo, o primeiro amor, os amigos novos e os bons e velhos de sempre e as festinhas e o sono perdido de preocupação.


Mas o seu anjinho não para ai, ele continua crescendo e crescendo! Seu anjinho, seu pequeno príncipe, se torna um homem, ganha responsabilidades, faz mais amigos, novos amores… e um bem mais forte; o bebê agora tem vida, ele supera, toma tombos mais sérios, e mesmo assim enfrenta tudo e segue indo… tal como foi criado.

Ele peita a vida. Ele é um sujeito safo. É um guerreiro! Poderia dizer que é de ferro! Mesmo com aquelas canelinhas finas, ele é de aço. E consegue ao mesmo tempo, ser de aço e ser manteiga, ele se emociona e chora. E escreve as coisas mais belas!


O bebê, a criança sorridente, o homem feito… tantas pessoas numa só.

ELE.


Ele viveu e viverá pra sempre em todos nós. Amou a si, aos outros e a natureza que ele tanto admirava a mesma natureza que o quis só pra ela. Restarão pra nós as lembraças felizes que foram todos os momentos ao lado dele. As musicas que vão lembrá-lo. Os filmes. As poesias… a essência dele fica ai, pra gente lembrar que anjos existem e que às vezes resolvem descer pra surfar e ouvir mais de perto o som do reggae. E é claro olhar o pôr-do-sol na praia.


Está e vai ser sempre muito difícil ficar sem ele, mas conhecendo o Pereira, lagrimas não seriam seu desejo. Talvez como diz adaptação daquela musica, Tempos Modernos:


“Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos…

Mesmo sem se sentir, que não há tempo que volte o amor.

Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos divertir!”


Agora o moço se foi, outra esfera, um mundinho sem sofrimento, pertinho de Deus! Ele subiu bem alto e virou uma estrela verde no céu.


Pra você amigo, de quem mesmo afastado pela distancia.. eu nunca esqueci.

Pra família, que esta sentindo essa perda irreparável mais que qualquer um.

Pra Marina, pois foi quem ele escolheu, como amiga e como amor.

Pra todos nós amigos, desse menino cabeçudo, que tanto nos fez rir e do qual sentiremos tanta falta.


Nossas lágrimas serão derramadas agora para que no futuro só te ofereçamos risos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

diga lá meu bom...

Licença Creative Commons
Dolce D'água de Jeh BlueJeans é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
Baseada no trabalho de blogger.com.